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Saiba como cuidar corretamente do sistema de arrefecimento de seu carro

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Mensagem  Hermes Sáb Out 15, 2011 5:14 pm

Com o verão batendo à porta, tendemos a fechar as janelas, ligar o ar-condicionado e esquecer o mundo lá fora: calor, congestionamento, barulho e estresse? Tô fora! Ok, você não é o único. Sob o capô, o motor trabalha ininterruptamente e, ainda que possa ser considerado de ferro, também aprecia sombra e água fresca. É aí que aparece um componente de vital importância para o seu funcionamento: o sistema de arrefecimento. Você já deve ter ouvido falar dele. Não? Sem problemas, você não é o primeiro e nem o último.

O nome pode soar pomposo, mas é bastante sugestivo: O mecanismo é responsável por manter a temperatura do motor estável (normalmente entre 90 °C e 100 °C). Para isso, utiliza uma mistura de água e aditivo, chamada liquido de arrefecimento, que, através de mangueiras, circula por todo o sistema, resfriando-se ao passar pelo radiador e aquecendo-se ao permear o motor.

Nesse verdadeiro organismo em que cada parte cumpre uma função essencial, o papel do líquido de arrefecimento é fundamental. Além de evitar o superaquecimento do motor, ele ajuda a lubrificar e a inibir a corrosão dos componentes metálicos do sistema, como a mangueira, a bomba d’água e a válvula termostática. Por isso, deve-se ficar sempre atento com a manutenção do sistema. Revisões periódicas para checar o nível de água são imprescindíveis, assim como o uso de aditivos de qualidade e águas devidamente purificadas.

Águas purificadas? Exatamente. Uma falha recorrente é misturar aditivo com água comum. De acordo com Graziano Oliveira, consultor técnico da Radiex Produtos Automotivos, a água de torneira contém cloro e sais minerais que podem provocar danos ao sistema de arrefecimento, como incrustações e corrosões nas partes metálicas - eliminando desta maneira a principal função do aditivo - e até mesmo elevar a indutividade da água, o que pode distorcer a leitura do sensor térmico de injeção eletrônica e fazer com que o veículo consuma mais combustível.

Assim as empresas estão diversificando a sua gama de produtos e já oferecem águas específicas para o equipamento. Na fábrica da Radiex, localizada em Suzano (São Paulo), a água passa por um minucioso processo de purificação, no qual é retirada de poços artesianos e vai diretamente para um equipamento de desmineralização por osmose reversa, de onde sairá pronta pra uso.

Alem dela, uma outra boa opção para não cair em armadilhas na hora de trocar o líquido do sistema é usar os produtos dois em um (encontrados em lojas de auto-peças), ou seja, aqueles em que a mistura do aditivo com a água já vem pronta, eliminando assim o risco de realizar a combinação em proporções erradas. “Atualmente, 80% a 90% dos carros que trafegam no Brasil estão com o seu sistema de arrefecimento precisando fazer algum tipo de manutenção.”, comenta Graziano.


Em relação aos aditivos (também chamados de Protetores do Sistema de Arrefecimento), a indústria evoluiu bastante na última década. Gradativamente, os aditivos à base de polímeros - mais baratos, mais eficientes na troca de calor e menos prejudiciais ao ambiente - estão substituindo os compostos desenvolvidos a partir de etneloglicol, que apesar de terem o seu ponto de congelamento reduzido (característica pouco útil no Brasil, à exceção de algumas regiões no sul do país), são feitos a partir do petróleo, matéria-prima que, além de mais poluente, está mais suscetível às variações de preço do mercado.

A tecnologia à base de polímeros foi um grande avanço no setor dos aditivos. Caracterizada pelo envolvimento ambiental e pela busca de soluções sustentáveis e inovações tecnológicas, a Radiex conquistou o certificado ISO 9001 de Gestão de Qualidade em 2003, ano em que introduziu no mercado seus produtos à base de polímeros. No momento, a empresa está expandindo a sua produção para outros países da América do Sul, como Argentina, Paraguai e Bolívia; e visa à certificação ISO 14 000 de Gestão Ambiental.

Portanto, se você chegou até aqui, não há mais desculpas para você se esquecer de cuidar do sistema de arrefecimento do seu carro. Ou seja, se você não quiser esquentar a cabeça com problemas no motor, fique de olho na água do radiador. E lembre-se sempre do seu laborioso funcionário - sim, aquele mesmo que você costuma comandar a chineladas, digo, pisadas - quando chegar ao escritório ou ao remanso praiano, pois ele labutou bastante para te leva aonde você ordenou. Afinal, reclamar do patrão é sempre fácil. Difícil é lembrar as suas responsabilidades.

Como funciona o sistema de arrefecimento?

O sistema de arrefecimento tem como objetivo principal não apenas evitar que o motor superaqueça, mas também garantir que ele mantenha uma temperatura estável de funcionamento, geralmente entre 90 °C e 100 ºC. Seus principais componentes são: radiador; mangueiras; válvula termostática; bomba e líquido de arrefecimento. Impulsionada pela bomba d’água e através das mangueiras, o líquido de arrefecimento circula por todo o sistema. Primeiro ele passa pelo motor, resfriando-o ao absorver o seu calor. Depois, é direcionado para o radiador, onde será resfriado por meio da transferência de calor para o ar que passa pelo equipamento. Cabe à válvula termostática manter a temperatura ideal do motor, regulando a circulação do líquido que vai para o radiador. Em dias frios, por exemplo, a válvula termostática pode permanecer fechada até que o liquido que circula no motor atinja a sua temperatura ideal para ser resfriado no radiador.

Quando substituir o aditivo?

O momento para a troca do líquido de arrefecimento varia de acordo com o veículo e a montadora, sendo especificado no manual de instruções de cada modelo. Na Fiat, por exemplo, recomenda-se a verificação da água do sistema a cada 15 mil quilômetros, e a sua substituição completa a cada dois anos. Contudo, a proporção água/ aditivo varia de 50%/50%, no Idea, para 70%/30% no Mille, respectivamente. O mais importante é fazer as manutenções periódicas, pois o sistema tem um desgaste natural independente dos cuidados tomados; e nunca misture aditivos diferentes quando for completar o reservatório, pois eles podem conter concentrações e data de validade desiguais, diminuindo a eficácia do sistema e conseqüentemente a eficiência o motor.
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